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domingo, 17 de janeiro de 2016

O Bisfenol-A, um composto usado na produção de plásticos e resinas, é comumente encontrado em diversos objetos do dia a dia

Talvez você não conheça o bisfenol-A, também chamado de BPA, mas certamente você já entrou em contato com ele. Ele é uma substância química orgânica que constitui a unidade básica de polímeros e revestimentos de alto desempenho, principalmente plásticos policarbonatos resinas epóxi.

As aplicações a base de Bisfenol A, pelas propriedades conferidas ao material por essa substância, são muitas, entre elas estão DVDs, computadores, eletrodomésticos, revestimentos para latas de comida e bebida, e muitos itens plásticos, como mamadeiras, brinquedos, talheres descartáveis, entre outros. Pequenas quantidades de Bisfenol A também são usadas como componentes no PVC maleável e como preparador de cor em papéis térmicos (extratos bancários e comprovantes).
Embora esse tipo de produto pareça inofensivo, muitas marcas apresentam BPA na sua composição, que é potencialmente nocivo à saúde. Segundo informações divulgadas no site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo (SBEM-SP), “vale a pena ressaltar que alguns dos efeitos deletérios do bisfenol A, como por exemplo, os de alterar a ação dos hormônios da tireoide, a liberação de insulina pelo pâncreas, bem como os de propiciar a proliferação das células de gordura, foram observados com doses nanomolares, ou seja, doses extremamente pequenas, as quais seriam inferiores à suposta dose segura de ingestão diária.” 
Entenda mais os riscos
Os riscos que o BPA pode causar à saúde vêm sendo motivo de debate. Estudosdemonstram que o BPA é um xenoestrógeno, isto significa, que ele confunde os receptores celulares no organismo e se comporta de forma parecida à dos estrógenos naturais. Por este motivo, o BPA é considerado um disruptor endócrino (DE). 
Essas substâncias, de maneira geral, desequilibram o sistema endócrino, modificando o sistema hormonal. Os efeitos do BPA no organismo podem causar aborto, anomalias e tumores do trato reprodutivo, câncer de mama e de próstata, déficit de atenção, de memória visual e motor, diabetes, diminuição da qualidade e quantidade de esperma em adultos, endometriose, fibromas uterinos, gestação ectópica (fora da cavidade uterina), hiperatividade, infertilidade, modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos, obesidade, precocidade sexual, doenças cardíacas e síndrome dos ovários policísticos. 
Contaminação
Normalmente, a contaminação se dá pela ingestão. O BPA se desprende dos recipientes plásticos e acaba contaminando o alimento. Os embutidos também podem sofrer essa contaminação, pois a resina interna dos recipientes pode conter BPA. Outro ponto importante é a preocupação com as crianças. Por serem menores elas estão mais sujeitas ao perigos dessa substância, além disso, brinquedos e utensílios como mamadeiras e  chupetas podem conter BPA.
Uma pesquisa publicada pela Analytical and Bioanalytical Chemistry mostrou que, no caso dos papéis termo sensíveis (extratos bancários e comprovantes), por exemplo, a contaminação pode ocorrer pelo contato com a pele. Embora o papel termo sensível seja reciclável, devido à presença de BPA em sua composição, o Pollution Prevention Resource Center (PPRC) recomenda o descarte desse tipo de papel no lixo comum para evitar a contaminação por BPA, que é liberado no processo de reciclagem. Segundo a pesquisa, a reciclagem do papel termo sensível pode aumentar a exposição humana ao BPA, uma vez que, durante o processo, pode haver contaminação de outros produtos de papel reciclado. O BPA já foi encontrado, por exemplo, em papéis toalha.
Responsabilidade
Food and drug Administration (FDA) amparada pelo Centro Nacional de Pesquisa Toxicológica (NCTR), ambos órgãos estadunidenses, avaliam a segurança do BPA. Resultados preliminares mostram algumas preocupações com o uso dessa substancia, mas o NCTR não recomenda nenhuma ação regulatória no momento. Segundo o site da FDA, "pesquisas adicionais são necessárias para avaliar melhor os impactos a longo prazo da exposição ao bisfenol A sobre o desenvolvimento do cérebro e o comportamento". 
No Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a produção e importação de mamadeiras que contenham BPA. A medida tem grande importância, já que busca proteger as crianças de 0 a 12 meses, mas isso foi apenas um primeiro passo, pois ficaram de fora outros utensílios de plástico usados por crianças pequenas, como copos, pratos, talheres e chupetas, e também não foram incluídas latas de leite em pó que podem conter BPA em seu revestimento. A proibição do BPA já havia sido adotada em outros países, como Canadá e Estados da União Europeia. Espera-se uma medida semelhante no Mercosul em breve. Os países do mercado comum estão discutindo a eliminação do BPA para mamadeiras e artigos similares destinados à alimentação de lactentes.
Saiba como Evitar a Exposição ao BPA
Existem algumas maneiras de diminuir a exposição ao BPA, confira abaixo:
• Para os plásticos, fique atento aos símbolos de reciclagem 3 (PVC) e 7 (PC) nas embalagens, pois podem conter BPA. Sempre que possível, dê preferência a recipientes de vidro;
• Sempre use mamadeiras e utensílios de vidro ou BPA free para os bebês;
• Jamais esquente ou leve ao freezer bebidas e alimentos acondicionados no plástico. O BPA é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido ou resfriado;
• Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Não utilize detergentes fortes, esponjas de aço ou máquina de lavar louça para lavar recipientes de plásticos;
• Sempre que possível, opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos;
• Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina epóxi no revestimento interno das latas.
• Não imprima extratos e comprovantes. Dê preferência às versões digitais, como a comprovação do débito por SMS, por exemplo.

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