AMBIENTALISTAS BRASILEIROS REALIZAM EXPEDIÇÃO NO RIO SENA, TODO DESPOLUÍDO, NA FRANÇA
Expedição mostra como franceses conseguiram despoluir o rio Sena
MÁRIO BONELLANEUVILLE, FRANÇA
ELES MOSTRAM QUE É POSSÍVEL SALVAR UM RIO.
JORNAL HOJE ACOMPANHOU A AVENTURA.
Os ambientalistas brasileiros Alberto Pego e Paulo Rodrigues navegaram 800 quilômetros pelo Sena, na França, para mostrar que é possível salvar um rio. Foram 30 dias da nascente até a foz do rio, que já foi muito poluído. A equipe do Jornal Hoje acompanhou essa expedição.
Eles remaram de 20 a 30 quilômetros todos os dias. Os ambientalistas contam que já desceram muitos rios de caiaque no Brasil para denunciar a destruição. Agora, a ideia é mostrar que é possível recuperar um rio condenado.
O Sena é o mais importante rio da França. Os franceses investiram na recuperação do rio e os estudos mostram que a água está mais limpa. Os remadores conferiram de perto. “Não é por aparelho ou foto de satélite. Nós estamos dentro do rio, vendo a qualidade da água.”
Boa parte da expedição foi em águas calmas, com companhias fora e dentro da água. O oceanógrafo Paulo Rodrigues várias vezes pulou do barco para o fundo do rio. “A água é cristalina e você pode estar vendo o peixe de longe, só que a água é um pouquinho gelada”, conta.
Os remadores viram que o que as pesquisas indicavam. Os peixes voltaram e em 40 anos, passaram de quatro para mais de 30 espécies. Os franceses medem a qualidade da água que sai das estações de esgoto e das indústrias que ficam à margem do Sena o tempo todo.
Em Paris, os caiaques passaram pela Torre Eiffel e os pontos turísticos famosos em todo mundo. A última parte da expedição foi perto dos navios, que entram 140 quilômetros dentro do rio até o porto de Ruan. A ponte da Normandia foi a última que eles atravessaram.
A expedição terminou onde o rio Sena encontra o oceano Atlântico. Depois de passar um mês nessas águas, os remadores chegaram com os caiaques na praia. Para eles, o Sena pode servir de exemplo para o Brasil.
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!