Carros elétricos sem fio, materiais capazes de se autorregenerar, alimentação molecular e muito mais. Acredite, tudo isso já está sendo testado ou até em desenvolvimento. A informação é do conselho do Fórum Econômico Mundial, que recentemente anunciou sua lista das dez principais tecnologias emergentes para 2013. Conheça agora a seleção que levou em conta a possibilidade de avanços no desenvolvimento industrial e econômico, e também a possibilidade de implantação industrial a curto e médio prazo. Surpreenda-se.
Imagine poder abastecer um carro em movimento. Na próxima geração de veículos elétricos, bobinas sob o assoalho prometem carregar a bateria do veículo remotamente. A energia virá de um campo eletromagnético gerado por cabos instalados sob a estrada. Depois, com a bateria cheia, o veículo pode circular livremente por outras ruas. Atualmente, veículos elétricos online estão passando por testes de estrada em Seul, na Coréia do Sul.
Impressoras 3D já são testadas e até vendidas inclusive aqui no Brasil. A impressão 3D deve evoluir e permitir a criação – com qualidade – de estruturas sólidas a partir de um simples arquivos digitais. Potencialmente, essa novidade promete revolucionar a fabricação de muitos objetos plásticos e até metálicos, que poderão ser impressos remotamente em casa ou no escritório.
Assim como um machucado que cicatriza, uma aposta é a criação de materiais estruturais “não-vivos” capazes de se autorregenerar quando cortados, rasgados ou quebrados. Já imaginou? Materiais que se consertam sozinhos sem intervenção humana! Um dos grandes potenciais dessa tecnologia seria melhorar a segurança de materiais utilizados na construção civil, carros e até aviões.
Novas tecnologias devem viabilizar a dessalinização da água do mar a baixo custo. Se a escassez de água potável é um problema ecológico eminente em muitas partes do mundo, tirar o sal da água marinha a baixo custo ofereceria uma fonte praticamente ilimitada de água. Atualmente, isso tem um custo energético muito alto; principalmente de combustíveis fósseis. Tecnologias emergentes oferecem potencial para a dessalinização e a purificação de águas reduzindo o consumo de energia em 50% ou mais.
Hoje, muitos estudos apontam a possibilidade de usar a energia solar para transformar o dióxido de carbono em combustível para veículos. Uma das abordagens mais promissoras usa bactérias fotossintéticas geneticamente modificadas para transformar resíduos de CO2 em combustíveis líquidos ou produtos químicos de baixo custo usando sistemas conversores alimentados por energia solar.
Técnicas modernas podem acabar com a desnutrição que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Através de identificação e reprodução de proteínas naturais essenciais para o ser humano,
a biotecnologia promete levar a alimentação a nível molecular, proporcionando assim aminoácidos mais solúveis e com melhor gosto, textura e características nutricionais; isso sem contar os benefícios no desenvolvimento muscular e no controle da obesidade. Gastronomia à parte, a solução parece interessante.
O crescente uso de sensores vai mudar a forma como nos relacionamos com o mundo à nossa volta; especialmente na área da Saúde. Exemplos incluem sensores que monitoram as funções corporais, como frequência cardíaca, oxigenação do sangue e nível de açúcar no sangue; que, se necessário, respondem de forma automática. Fora da medicina, sensores também podem permitir que veículos se identifiquem quando em movimento e assim reduzam drasticamente o risco de acidentes.
Depois de quase uma década de pesquisas, cientistas já trabalham com a incrível possibilidade de que produzir medicamentos dentro do próprio corpo humano. São medicamentos ao nível molecular que agem apenas em torno da célula doente ou mesmo no seu interior.
A tecnologia se baseia no uso de materiais orgânicos para criar circuitos e dispositivos eletrônicos. Esses circuitos eletrônicos orgânicos são finos, flexíveis e até transparentes. Diferente dos semicondutores a base de silício, a eletrônica orgânica pode ser impressa por processos de baixo custo, similares à impressão a jato de tinta. Um exemplo são coletores solares fotovoltaicos impressos, que custam muito menos do que as células solares de silício e podem acelerar a transição para o uso de energias renováveis.
Hoje, os reatores nucleares usam apenas 1% da energia potencial disponível no urânio; o resto vira lixo nuclear radioativo. A longo prazo, o futuro da energia atômica depende da disponibilidade de combustível – neste caso, o urânio. Uma das maiores promessas para esse problema são os reatores de quarta geração. Esses reatores convertem o urânio-238 em plutônio-239, que pode ser utilizado como combustível.
Todas essas tecnologias emergentes para 2013 representam uma visão do conselho do Fórum Econômico Mundial. Mas e você, o que acha disso tudo? Parece um futuro bastante promissor e “hi-tech”, não é verdade? Participe, deixe sua opinião nos comentários e, no link logo abaixo do vídeo desta matéria, confira a imensa discussão que o assunto já causa em todo o mundo.
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