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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Academia Brasileira de Ciências - ABC e SBPC se manifestam contra a invasão do Instituto Royal

ABC e SBPC se manifestam contra a invasão do Instituto Royal
22/10/2013
A Academia Brasileira de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em conjunto com as demais entidades representantes da Comunidade Científica rechaçam os atos violentos praticados contra o Instituto Royal, em São Roque-SP, que realiza estudos de avaliação de risco e segurança de novos medicamentos.

É importante esclarecer a sociedade brasileira sobre  o importante trabalho de pesquisa realizado no Instituto Royal voltado para o desenvolvimento do Brasil. O Instituto foi credenciado pelo Conselho Nacional de Controle em Experimentação Animal (CONCEA) e cada um de seus projetos avaliados e aprovados  por um Comitê de Ética para o Uso em Experimentação Animal (CEUA), obedecendo em todos os aspectos ao estabelecido pela Lei Arouca, número 11.794, aprovada pelo Congresso Nacional em 2008. Esta lei regulamenta o uso responsável de criação e utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, em todo o território nacional, impedindo que a vida animal seja sacrificada em vão.

Saibam os cidadãos brasileiros que o CONCEA conta em seus quadros com representantes das Sociedades Protetoras de Animais legalmente estabelecidas no País, e que na história da medicina mundial, descobertas fundamentais foram realizadas, milhões de mortes evitadas e expectativas de vida aumentadas, graças à utilização dos animais em pesquisas para a saúde humana e animal.

O Instituto Royal é dirigido pelo Prof. João Antonio Pegas Henriques, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e sócio ativo da SBPC, pesquisador 1-A do CNPq, orientador de programas de pós-graduação, sempre criterioso, competente. Este Instituto é de sobremaneira importante para que o Brasil venha se capacitar de forma efetiva na produção de medicamentos e insumos para a saúde humana e animal.

É fundamental que as autoridades, mas principalmente que a sociedade em geral, impeçam atos equivocados que destroem anos de importante atividade científica, e garantam as atividades de pesquisa desenvolvidas nas Universidades e Instituições de Pesquisa brasileiras.

Em 22 de Outubro de 2013

Presidente da Academia Brasileira de Ciências

Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência 
Todas as matérias deste site podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte

4 comentários:

Sueli disse...

Quais as importantes pesquisas? Novos agrotóxico? Eu gostaria de saber. Como uma pessoa que fala em índigo, sustentabilidade, flor, planta, cristal, espiritualidade, vem falar que não há maus tratos em testes com animais? Que espiritualidade é essa que desconsidera a integridade e liberdade do outro? A vida deles valem menos do que a sua ou a minha?

Deise Mara do Nascimento disse...

"Parabéns" a todos os "protetores" e "ativistas" que "trabalharam" na "causa animal". Caso não tenham ciência, os beneficiários diretos da ação de todos vocês são a indústria farmacêutica internacional e grandes laboratórios internacionais, entre outros (quem sabem até mesmo empresas multinacionais que produzem agrotóxicos e medicamentos - não preciso falar o nome pois são poucas, então basta ser um pouquinho inteligente para saber quem ganha com essa história, ou até mesmo - quem está por trás dessa história.)
Um outro fato importante Sueli e todos mais que questionam minha posição até mesmo por conta da espiritualidade - saibam que a humanidade ainda desenvolve doenças e por isso mesmo ainda precisa de remédios. Qualquer um, eu, você, seus amigos ou seus parentes - um dia, cedo ou tarde precisarão tomar algum medicamento - pois a evolução espiritual não chegou ao ponto de não ficarmos doentes mais. Então ser espiritualizada e aceitar a existência de pesquisa para produção de remédios é uma posição coerente. Sabe Sueli ascensão é muito mais do que simplesmente defender a qualquer custo uma causa que termina em si mesma, o universo e as energias são um conjunto complexo de interações e muitas seitas, religiões e fanatismos não garantem a ascensão, "vendem" essa ilusão, mas o conjunto é que importa.Esse pessoal que "baba" ódio, ira, rancor, vingança, medo, desconfiança, etc, que prega a destruição, etc., com certeza está vibrando na energia 3D. Além do que já posso "prever" oportunistas de plantão que irão tirar dividendos políticos dessa ação de desinteligência coletiva.
Enfim. "Parabéns" a todos vocês, pois acabam de colaborar voluntariamente para o retrocesso e dependência brasileira à pesquisa e laboratórios internacionais e grandes potências da indústria farmacêutica. Segue abaixo comunicado que recebi do Instituto Royal que deve responder às suas perguntas.

Deise Mara do Nascimento disse...

"Em assembleia geral extraordinária realizada entre seus associados, o Instituto Royal, por meio de seu Conselho Diretor, vem a público informar a decisão de interromper definitivamente as atividades de pesquisa em animais, realizadas em seu laboratório de São Roque.
Tendo em vista as elevadas e irreparáveis perdas e os danos sofridos em decorrência da invasão realizada no último dia 18 - com a perda de quase todo o plantel de animais e de aproximadamente uma década de pesquisas -, bem como a persistente instabilidade e a crise de segurança que colocam em risco permanente a integridade física e moral de seus colaboradores, os associados concluíram que está irremediavelmente comprometida a atuação do Instituto Royal para dar continuidade à realização pesquisa científica e testes mediante utilização de animais.
Por este motivo, o Instituto decidiu encerrar suas atividades na unidade de São Roque.
A interrupção acarretará o desligamento de funcionários, todos já comunicados da decisão. Mantém-se, por ora, o Comitê de Ética formado por colaboradores do laboratório, que conta com veterinários, biólogos e membros da Sociedade Protetora dos Animais, conforme a legislação vigente. A decisão, por ora, não afetará a unidade Genotox, de Porto Alegre, onde não se faz experimentação animal.
Com o intuito de preservar a integridade dos animais remanescentes que ainda estão sob seus cuidados, o Instituto Royal tomará as providências necessárias junto aos órgãos regulatórios competentes, para assegurar que continuem sendo dados a eles tratamento e destinação adequados.
Desde 2005, o Instituto Royal realiza testes pré-clínicos com vistas ao desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de doenças como câncer, diabetes, hipertensão, epilepsia entre outros. Com essa decisão, interrompe-se o trabalho do único Instituto laboratorial do Brasil capacitado e regulamentado para exercer este tipo de pesquisa. A partir de agora, qualquer empresa interessada na realização de testes para registro de medicamento será obrigada a realizar suas pesquisas fora do País, até que outro laboratório seja credenciado pelo CONCEA (Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal) para essa atividade.

Deise Mara do Nascimento disse...

Todos os testes desenvolvidos no Instituto Royal atendiam aos princípios de boas práticas de laboratório (BLP) e também às normas para cuidados dos animais do CONCEA, estando também regulamentadas por protocolos internacionais, tais como o da European Medicines Agency e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
O Instituto Royal acredita que as ações violentas ocorridas no dia 18 de outubro são resultado de dois fatores complementares: as inverdades disseminadas de forma irresponsável - e por vezes oportunista - associadas à falta de informação pré-existente. As consequências dos atos advindos dessa equação resultaram não somente em prejuízo para a instituição, que fecha suas portas, mas também e mais gravemente para a sociedade brasileira, que assiste à inutilização de importantes pesquisas em benefício da vida humana.
É inquestionável o direito de todo cidadão ou instituição expressar suas opiniões e propor à sociedade brasileira o debate sobre temas de interesse público. Não se pode anuir, contudo, com as atitudes de violência que cercaram os episódios envolvendo o Instituto Royal. Uma sociedade organizada e civilizada não pode aceitar que a pesquisa científica seja constrangida por grupos de opinião que preferem o uso da força e da violência em detrimento das vias institucionais e democráticas para travar debates.
O ambiente de insegurança gerou – e continuará gerando - prejuízos para a ciência brasileira, na medida em que não assegura aos cientistas um ambiente institucional adequado para o desenvolvimento de pesquisas cujo objetivo, em última análise, é o de salvar vidas. A consequência deste cenário de hostilidade é o desestímulo à fixação e permanência das melhores mentes científicas em nosso País.
O prejuízo causado ao Instituto Royal não é mensurável. Mas é certo que o Brasil inteiro perde muito com este episódio, lamentavelmente."