Pesquisadores brasileiros criam telas multimídia com papel transparente e dobrável
Edição Impressa 164 - Outubro 2009
Pesquisa FAPESP -
© Imetro |
Protótipo de tela flexível transparente recebe carga elétrica no laboratório do Inmetro |
Além de computadores de mão, os papéis eletrônicos flexíveis também são esperados para uso em painéis publicitários, revistas e jornais eletrônicos, cardápios de restaurantes e cartazes em lojas, por exemplo. Considerados uma das mais promissoras tecnologias de vídeo e imagem do futuro, os Foleds são uma resposta aos esforços para obtenção de um dispositivo eletrônico que combine as propriedades ópticas do papel, como alta refletividade, flexibilidade e contraste com a capacidade dinâmica das telas digitais convencionais que equipam notebooks, telefones celulares e PDAs, os pequenos computadores de mão usados no comércio e em restaurantes. De início, o substrato mais utilizado para a preparação desses dispositivos foi o vidro, material transparente e com boa resistência mecânica, mas com uma limitação evidente: a dificuldade de se fabricar telas e outros equipamentos flexíveis ou dobráveis, porque o material sofre fraturas com facilidade. A segunda aposta recaiu sobre materiais poliméricos, que permitem a obtenção de sistemas mais leves, flexíveis e portáteis, sem perder a transparência e a resistência necessárias. Diversos polímeros, incluindo o PET, sigla de poli (tereftalato de etileno), acetato de celulose, policarbonato e poliuretano, têm sido usados para a produção de dispositivos flexíveis. O problema é que, além de serem sintéticos ou derivados de petróleo, requerem diversos tratamentos adicionais para gerar um material ideal e, na maioria das vezes, não são biocompatíveis nem biodegradáveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário